quinta-feira, 6 de maio de 2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

O Menestrel



"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.

Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…

E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…

Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.

Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…

Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…

Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar."

William Shakespeare

Sempre que eu o ler, vou interpretá-lo de uma maneira diferente.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Carpe Diem

      Desde criança, sempre sonhava que minha história seria sair na busca de uma grande aventura, aquela aventura , como as que eu assistia nos filmes da Disney, aquela, que voce vai contar para seus netos. Logo, sempre também me perguntava, se era somente nos contos de fadas, com as princesas e heróis que haveria uma verdadeira aventura.
     Hoje, não é diferente, essa dúvida ainda possuo, mas com certeza posso respondê-la com um pouco mais de clareza: Depende do que para você significa uma autêntica aventura.
     Aurélio a qualifica como 'adrenalina', ou 'feito extraordinário, notório', ainda como 'aventura no amor: adultério'. Eu, particularmente, a qualificaria sendo um conjunto de  'momentos inesquecíveis' em nossas vidas, pois, mais emocionante do que escalar uma montanha, é conquistar verdadeiros amigos; mais perigoso que descer corredeiras, é abrir o seu coração; mais adrenalina do que uma traição, é a emoção do primeiro beijo.
     A verdadeira aventura não necessita de um risco de morte, mas sim de uma emoção, emoção de esperar uma reação em especial, de alguém especial e ainda muitas vezes essas reações são boas, outras nem tanto... Depois disso é hora de se jogar novamente em 'caminhos desconhecidos', sem saber o que na verdade de espera. Quer aventura melhor que essa? Viver.
    Só não permita que o medo de fazer uma nova escolha te faça ficar parado olhando para as trilhas que você pode seguir, escolha uma, embora todas te levem ao mesmo destino: ao seu 'felizes para sempre', cabe exclusivamente a nós fazer com que o caminho seja repleto de aventuras. Aproveite o dia.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Definitivo


"Definitivo, como tudo o que é simples. 
Nossa dor não advém das coisas vividas, 
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. 

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos 
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções 
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado 
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter 
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que 
gostaríamos de ter compartilhado, 
e não compartilhamos. 
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. 

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas 
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um 
amigo, para nadar, para namorar. 
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os 
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas 
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. 
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. 
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo 
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, 
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. 

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional..."

                                                        Carlos Drummond de Andrade


Sempre, brilhante!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cautela

      "É preciso que sejamos cautelosos com aquilo que fazemos, e no que acreditamos; é     necessarioque não tenhamos medo da própria sombra, e que ajamos com prudência e humanidade, de modo que o excesso de confiança não nos torne incautos, e a desconfiança excessiva não nos torne intolerantes."
                                                           (Nicolau Maquiavel)
    O trecho acima corresponde ao que chamamos de uma típica 'lição de vida'  escrita por um dos pensadores mais criticados pelo mundo com fama de 'cruel'.O único impecílio que essas chamadas 'lições de vida' que ouvimos sempre e de fontes diferentes é que essa lição é a mais difícil de todas as outras. Ora, ela não é ensinada em uma sala de aula enfeitada como o 'Be-a-Bá'; e também nunca recebemos um diploma no final do curso para termos certeza que de aprendemos tudo com clareza. Na verdade essas lições são atividades extra-curriculares, que é literalmente prática, e tem como campo de atuação a nossa própria vida, sendo que muitos dizem que só chegamos a entende-la completamente no fim da vida, outros dizem que alguns nunca chagam a aprende-la completamente.
    Partindo desse ponto, podemos estabelecer o pensamento do quão injusta é a lei da vida, pis quando finalmente temos o conhecimento necessario para ter uma vivência plena, mais sábia e feliz já estamos na velhice, às vezes sem as pessoas que amamos para poder dividir a felicidade, sem as condições físicas de antes, quando todos lhe diziam 'tenha cautela, você tem a vida toda pela frente'.


      "A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade. Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?"                                                                                                                                           (Charles Chaplin)
    Mais gratificante seria se a Lei da Vida adotasse Chaplin como seu mentor. Talvez o conhecimento adquirido na velhice pudesse ser utilizado com êxito na chamada 'juventude', talvez a vida acabasse de um jeito menos doloroso ou ainda...fosse tudo do mesmo jeito só que te maneira invertida. Então qual a receita para uma vida feliz?
    "Ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas humildade para reconhecer os erros, sabedoria para receber uma critica injusta, coragem para ouvir um 'não', sensibilidade para dizer 'eu te amo' e despreendimento para dizer 'eu preciso de você'"                                                                                                                                                    (Augusto Cury)


   Pelo que sei a resposta perfeitapara essa pergunta acredito que ninguem nunca formulou, penso que ela não poderia ser escrita completamente assim como uma teoria, que universifica, o que jamais acontece com a vida, cada vida, cada pessoa, uma se distingue da outra por motivos socias, culturais, familiares ... Algumas pessoas tentam buscar essa resposta recorrendo à doutrinas, religiões, ciência, alguma até desistem. Eu? eu vivo com certa cautela, um dia de cada vez.